É possível curar a depressão? Separamos 4 dicas incríveis para te ajudar

É possível curar a depressão? Separamos 4 dicas incríveis para te ajudar

A resposta para essa pergunta não é simples. Podemos começar dizendo que sim, é possível curar a depressão em alguns casos, com ênfase em “alguns”. E isso não quer dizer que a doença não tenha controle ou que quem tem depressão está destinado ao sofrimento. Muito pelo contrário! Hoje vamos falar sobre como dar os passos práticos para curar a depressão.

Mas, ao entrar nessa questão tão delicada e profunda, levamos em conta que a doença é milenar. Aliás, ela já afetava jovens lá no Egito Antigo e foi citada na Bíblia. As descobertas acerca dela, porém, são relativamente recentes. Por isso, o desenvolvimento de terapias específicas, de drogas cada vez mais eficientes e o aumento do debate a respeito do tema estão em constante evolução.

Ainda bem! Pois, segundo a OMS, cerca de 5,8% da população brasileira sofre de depressão. Isso significa que mais de 11 milhões de pessoas lidam diariamente com sintomas confusos e debilitantes. Sem contar com o preconceito vindo de pessoas próximas, uma tristeza sem explicação e até afastamento do trabalho. Além disso, ainda segundo a OMS, a pandemia empurrou esse número para cima em cerca de 25%.

Ao mesmo tempo, é preciso lembrar que  apesar de ser a que mais sofre, a pessoa que tem depressão não sofre sozinha. Afinal, pais, filhos, cônjuges e amigos sofrem junto com ela e não estão nas estatísticas. Por isso, não é incomum tanto os pacientes quanto os familiares expressarem suas dúvidas sobre a possibilidade de curar a depressão. Afinal, quem não gostaria de se ver livre de uma doença tão cruel e malcompreendida?

Quais são os tipos de depressão

A partir de agora, veja quais são os tipos de depressão, como é feito o diagnóstico e se é possível curar a depressão sem medicamentos. Se você quer saber como diferenciar tristeza de depressão, confira nosso post sobre o assunto.

Para começar, saiba que cada caso é individual. Assim, os sintomas variam de pessoa para pessoa. Somente um médico é capaz de diagnosticar corretamente a doença. Dito isso, alguns profissionais separam os casos apenas entre depressão leve, moderada e profunda. No entanto, levando em conta a complexidade do cérebro humano, a doença pode ser classificada pelos profissionais da saúde mental da seguinte forma:

  • Depressão Maior
  • Depressão Psicótica
  • Pós-parto
  • Distimia

De fato, dentro de cada uma dessas categorias, existem outras formas de depressão, com sintomas que variam bastante. Afinal, o cérebro é um órgão impressionante. Ele funciona à base de neurotransmissores que precisam estar calibrados com precisão e isso é quase impossível no mundo em que vivemos. Ainda assim, a medicina tem feito um trabalho incrível para oferecer aos pacientes a chance de curar a depressão. 

A seguir, entenda as características de cada um dos tipos identificados de depressão.

Depressão Maior

Também conhecida como depressão profunda, a depressão maior é o grau mais intenso, o tipo mais grave da doença. Nesse caso, a pessoa pode apresentar os primeiros sintomas durante a adolescência ou até mais tarde, já durante a vida adulta. Em alguns casos, a pessoa tem fases de equilíbrio, sem apresentar as fases de mania (típicas do transtorno bipolar), mas depois afunda em uma fase depressiva que pode levar até anos para ser controlada. 

Como resultado, esse vazio profundo e constante no qual a pessoa se encontra pode causar danos sérios à integridade física, mental e social da pessoa, por isso ela é considerada a mais grave. De fato, a depressão maior ou profunda pode levar ao suicídio se não for tratada. Apesar de a forma como a doença se manifesta variar de pessoa para pessoa, os sintomas mais comuns são: 

  • desinteresse por atividades que davam prazer à pessoa;
  • tristeza constante durante a maior parte do tempo;
  • oscilação do peso;
  • distúrbios do sono, como insônia ou sono constante;
  • irritação sem motivo aparente;
  • dificuldade de concentração;
  • sentimento de culpa e baixa autoestima;
  • tendência ao suicídio.

Ainda dentro da depressão maior, os especialistas identificaram outros sintomas mais específicos, que ajudam no diagnóstico de outros tipos da doença.

Outros sintomas da depressão maior

Ansiedade

Inquietação e constante preocupação com a perda de controle.

Sintomas mistos

Nesse caso, a pessoa experimenta tanto depressão como mania. Ao mesmo tempo, apresenta confiança elevada, hiperatividade e aumento da energia nas atividades, mesmo deprimida. 

Melancolia

Por outro lado, a melancolia leva à apatia e constante tristeza.

Padrão Sazonal

Quando a depressão está ligada à mudança do clima e diminuição da exposição à luz solar.

Catatonia

Às vezes, a depressão inclui sintomas motores, como esse, que afeta a capacidade de movimentação, seja por movimento constante ou por limitação e rigidez. 

Depressão Psicótica

Em seguida, temos a depressão psicótica, que pode estar ligada também à depressão maior. No entanto, nesse tipo de depressão, a pessoa apresenta algum tipo de desconexão com a realidade. Ou seja, ela apresenta um ou mais dos seguintes sintomas:

  • comportamento violento e descontrolado;
  • delírios contrários à realidade;
  • sensação de perseguição;
  • alucinações visuais e auditivas;
  • pensamento obsessivo com relação a algo ou alguém, que pode incluir hiper-religiosidade.

Depressão Pós-parto

Normalmente, a depressão pós-parto se instala nos três primeiros meses após o nascimento do bebê. Mas, não é incomum que a mãe desenvolva a doença até um ano depois desse momento. Um estudo realizado pela Fiocruz concluiu que 1 em cada 4 mães apresentam sintomas de depressão pós-parto, entre eles:

  • desapego e até rejeição do bebê;
  • desequilíbrio hormonal;
  • alterações do sono;
  • desinteresse pelo cuidado pessoal;
  • extremos sentimentos de culpa.

Ainda de acordo com o estudo, a depressão pós-parto tem profundo impacto na relação entre mãe e filho. Por isso, é tão importante buscar curar a depressão para restabelecer o vínculo afetivo natural entre eles. Caso contrário, a criança pode apresentar dificuldade de desenvolvimento social, cognitivo e afetivo. Além disso, os problemas podem acompanhar a criança para a vida adulta.

Distimia

Nesse caso, a depressão é considerada mais leve que os outros tipos. Sendo assim, ela não apresenta a característica tristeza profunda da depressão maior. No entanto, a pessoa relata uma constante falta de propósito e de interesse em atividades normais do dia a dia. Como resultado, isso afeta a rotina e a interação social da pessoa. Os principais sintomas da distimia são:

  • dificuldade de tomar decisões no dia a dia;
  • sensação de cansaço ou fadiga constante;
  • insônia;
  • descontrole no apetite;
  • baixa autoestima.

Depressão ansiosa

Por fim, na depressão ansiosa, os sintomas podem dar a impressão de que a pessoa sofre de transtorno bipolar. Nesse caso, a doença causa sentimentos opostos que se alternam, indo de um extremo a outro. Assim, o indivíduo apresenta os seguintes sintomas:

  • picos de ansiedade e de extrema apatia e passividade;
  • dificuldade de concentração e desmotivação para atividades simples;
  • isolamento social;
  • cansaço e sono constante;
  • descontrole no apetite;
  • irritação constante.

Até aqui, vimos os diferentes tipos de depressão e seus sintomas. Mas, no esforço para curar a depressão, o diagnóstico é o primeiro passo. Então, saiba como ele pode ser feito.

Importância do diagnóstico para curar a depressão

Como vimos, os sintomas são muito semelhantes, e em alguns casos, podem acabar sendo confundidos com outras doenças. Por isso, a avaliação deve ser feita por um profissional da área de saúde mental. Para isso, ele pode solicitar tanto exames físicos como laboratoriais para medir os níveis daqueles neurotransmissores dos quais falamos lá no início. 

Além disso, não se assuste se o médico quiser saber mais sobre sua saúde em outras áreas que parecem não ter nenhuma relação com seus sentimentos. Afinal, a depressão pode estar ligada a fatores físicos, genéticos, socioambientais e a traumas. 

Nos exames de sangue, pode ser que o médico queira ter uma visão geral do organismo. Os hormônios da tireóide, por exemplo, também têm influência direta na atividade cerebral. Em seguida, uma avaliação psiquiátrica pode dar ao médico uma direção na busca pela cura da depressão no caso do indivíduo. Para isso, a American Psychiatric Association publicou um guia que serve como parâmetro para o diagnóstico de doenças mentais.

Dá para curar a depressão sem medicamento?

Como vimos, depende de diversos fatores. Para começar, é vital procurar ajuda médica para avaliar qual o tipo de depressão e os possíveis tratamentos. Em seguida, fatores genéticos e ambientais podem causar diferentes tipos da doença. Então, usar ou não medicamentos para curar a depressão é uma decisão que o especialista deve tomar. 

Atualmente, diferentes abordagens têm sido testadas para curar a depressão leve, ou distimia. Entre elas, podemos citar: 

Terapia

Em geral, em casos mais leves de depressão, o profissional pode recomendar alguma forma  de terapia e aconselhamento regular. Nesse caso, o tratamento pode ser acompanhado por medicação ou não, dependendo do grau e dos sintomas da doença.

Atenção plena e meditação

Mais uma vez, de acordo com a avaliação profissional, se a depressão for considerada leve, a meditação e terapias de atenção plena podem ser suficientes para diminuir os sintomas e curar a depressão. 

Ecoterapia

Nesse caso, as atividades realizadas ao ar livre ajudam no bem estar geral do organismo. Atividades que estejam ligadas à jardinagem, caminhadas em trilhas, contato com animais, por exemplo, costumam dar bons resultados no tratamento da depressão.

Exercícios

Além das terapias e remédios indicadas pelos médicos, um dos maiores aliados no tratamento da depressão é a atividade física. Pesquisadores concluíram que fazer exercícios por cerca de meia hora diariamente, reduz os sintomas da depressão por cerca de uma hora e meia após o término da atividade. Além disso, manter o hábito saudável aumenta a eficácia das medicações e os benefícios do tratamento.

Aliás, eles também descobriram que fazer exercícios antes da terapia complementar indicada aumenta as chances de conexão entre paciente e terapeuta. Com isso, o paciente se sente mais motivado a continuar o tratamento. Dessa forma, aumentam as chances de curar a depressão. Ao mesmo tempo, o corpo produz endorfina e serotonina, que dão a sensação de bem estar. Na verdade, eles são chamados de hormônios da felicidade.

Um dia por vez

Para quem convive com a doença, a esperança de curar a depressão é uma força motivadora. Para isso, é muito importante buscar ajuda especializada. A partir de então, seguir as orientações e o tratamento indicado melhoram a qualidade de vida da pessoa e da família.

No caso de pacientes que lidam com doenças como a psoríase, a depressão pode ser resultado da dificuldade causada pela doença de pele. Mas, ter o tratamento correto para o problema de pele pode melhorar e até curar a depressão. Se esse é o seu caso, busque ajuda e aprenda mais sobre a sua condição.

Fontes: 5 tipos comuns de Depressão • Psicólogo (psicologo.com.br)

Exercise may reduce depression symptoms, boost effects of therapy — ScienceDaily

Depression (major depressive disorder) – Diagnosis and treatment – Mayo Clinic

Treatment – Clinical depression – NHS (www.nhs.uk)

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