Mês de Conscientização da Psoríase e Combate ao Preconceito
Doença de pele crônica que provoca lesões avermelhadas e descamativas, a psoríase afeta de diferentes modos a vida de quem sofre essa doença.
Contudo, assim como várias outras enfermidades, existem mitos relacionados à psoríase.
Eles, por sua vez, geram uma noção errônea sobre o que é a doença e reforçam ainda mais o preconceito e a discriminação contra os enfermos.
É por isso que, para entrarmos a fundo nessa doença, justo no mês de sua conscientização, precisamos falar sobre o modo de combate ao preconceito.
Para isso, este conteúdo serve como um material completo para ajudar a melhorar a vida dos milhões de brasileiros que sofrem dessa enfermidade.
Quer se aprofundar nesse assunto?
Então fique com a gente e continue a leitura!
Dados da psoríase no Brasil
De acordo com dados levantados pela ONG Psoríase Brasil, essa enfermidade incrivelmente afeta 125 milhões de pessoas em todo o mundo, são 5 milhões somente no Brasil.
Esse número equivale a 2% da população nacional.
Dentro desses 5 milhões, 51% são mulheres e 49% são homens, o que evidencia que a psoríase não é uma doença relacionada ao sexo de um indivíduo.
Importante também destacar é que a psoríase pode afetar seres humanos das mais variadas idades, sendo mais comum antes dos 30 anos e depois dos 50.
De acordo com essa mesma pesquisa da ONG Psoríase Brasil, 69% afirmaram que há falta de conscientização sobre essa enfermidade no país, enquanto 75% dos que têm essa doença na forma severa disseram que vivem constantemente sob estresse.
Ademais, 48% dos entrevistados que afirmaram sofrer de psoríase disseram que as famílias não compreendem o que é viver com psoríase.
Conscientizar e alertar a população sobre o que é psoríase
Durante a Idade Média, os indivíduos que sofriam de Hanseníase, popularmente conhecida como Lepra, eram estigmatizados e sofriam preconceito da sociedade.
Eles viviam isolados e eram proibidos de frequentar locais movimentados.
Alguns acreditavam, inclusive, que a doença era fruto de alguma manifestação diabólica.
Embora sejam doenças bastante diferentes, psoríase e hanseníase tem algo em comum: provocam manchas na pele.
E infelizmente tal sintoma assusta e causa arrepios em muitas pessoas.
Instintivamente os seres humanos ao veem uma doença de pele automaticamente a imaginam como sendo contagiosa.
Porém, esse pensamento não se aplica à psoríase, que é uma enfermidade não transmissível pelo contato.
Desse modo, alertar e conscientizar a sociedade sobre o que de fato é psoríase e suas características é de fundamental importância para melhorar a qualidade de vida dos enfermos.
As maiores dificuldades enfrentadas pelos portadores de psoríase
Já que estamos falando de uma enfermidade que afeta o organismo, é natural que ela produza efeitos indesejáveis no indivíduo.
Dentre eles, podemos destacar as próprias lesões, que têm uma aparência indesejável e provocam coceira e ardência na pele.
Além disso, é válido citar que outros sintomas que afetam fisiologicamente o indivíduo são unhas amareladas, esfareladas e descoladas dos dedos; dores e inchaço nas articulações.
Entretanto, de modo geral as maiores dificuldades dos portadores de psoríase é com o preconceito e com a discriminação que eles sofrem da sociedade.
É bastante comum uma pessoa com psoríase se sentir com vergonha de realizar atividades simples, como tomar banho de piscina, pois têm medo do julgamento de outros indivíduos a respeito de suas lesões.
E os dados comprovam o que vemos no dia a dia.
Estima-se que 30% das pessoas que têm psoríase severa são menos felizes.
Além disso, 49% dos portadores de psoríase no mundo vivem sozinhos.
Portanto, mais do que os traumas físicos, dói ainda mais ser constrangido ao ir para a praia, sofrer insultos ao andar na rua e receber olhares duvidosos e irônicos ao ir a locais com grande movimentação, como shoppings.
O preconceito machuca mais do que as lesões
De acordo com o que vimos no tópico anterior e baseado em dados e estatísticas, podemos concluir que o preconceito machuca ainda mais do que as lesões.
E isso é bastante natural, já que temos nossa saúde física e nossa saúde mental.
Uma discriminação sofrida tende a causar um impacto em nossa saúde mental muito maior do que o impacto fisiológico das lesões.
Como podemos combater o preconceito
Depois de tanto analisarmos os impactos do preconceito que as pessoas com psoríase sofrem, chegamos à seguinte dúvida: como combater esse preconceito?
Essa é uma pergunta bastante importante e de difícil resposta.
Nós seres humanos infelizmente somos levados a julgar o outro por pré-concepções que se formam em nossa mente, mesmo que elas não tenham qualquer veracidade científica.
Não à toa, seres humanos sofrem preconceito de outros pelos mais variados motivos: etnia, orientação sexual, religião, estilo de vida, aparência etc.
E infelizmente com a psoríase o processo ocorre de maneira muito semelhante.
Portanto, para tentar combater esse mal, precisamos do binômio informação + ação.
Informação
Sim, é preciso levar ao conhecimento da sociedade sobre o que de fato é a psoríase.
É necessário mostrarmos, mediante artigos e vídeos na internet, que a psoríase não é contagiosa.
Também precisamos mostrar dados e relatos que evidenciam o quão difícil tende a ser a vida de uma pessoa que sofre preconceito por ter psoríase, de modo a conscientizar a sociedade acerca do quão maléfico e infundado é essa discriminação.
Ação
A ação é importante porque é ela que vai de fato combater casos de discriminação contra portadores de psoríase.
Não é admissível que um empreendedor, por exemplo, não contrate um funcionário porque ele tem psoríase.
Assim como não é aceitável um clube aquático, por exemplo, impeça o acesso às piscinas de um indivíduo com psoríase, sob a justificativa de que ele pode assustar outros banhistas.
É com a disseminação combinada com a ação que teremos uma mudança de quadro na situação de pessoas que sofrem com psoríase no Brasil.
E assim conseguiremos fazer com que elas se sintam mais inseridas na sociedade, o que aumenta a qualidade de vida delas.
E então, entendeu como é importante nos conscientizarmos acerca da psoríase e combatermos o preconceito?
Só assim teremos uma mudança nesse quadro tão triste para milhões de brasileiros.
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