Origem da psoríase – Listamos tudo o que você precisa saber sobre o assunto
Qual a origem da psoríase? Parece uma pergunta simples e quando falamos em uma condição que afeta cerca de 5 milhões de pessoas só no Brasil, mais de 120 milhões ao redor do mundo, imagina-se que já exista muita informação a respeito, talvez até mais respostas do que perguntas, certo? Bom, na prática, o conhecimento acerca das doenças nem sempre é assim. Na verdade, a psoríase já era descrita na literatura médica datada de 1.500 anos a.C. Mesmo assim, apesar dos milênios de observação, da adoção de diversas linhas de tratamento e das muitas tentativas de se explicar a origem da psoríase, ainda restam muitas dúvidas.
Um estudo publicado no British Journal of Dermatology (Periódico Britânico de Dermatologia) analisou dados de 11,366 pacientes portadores da doença para tentar traçar um padrão e então lançar luz sobre a origem da psoríase. Mas, apesar de muitas informações interessantes, os pesquisadores ainda não tiveram sucesso.
De fato, para quem precisa lidar diariamente com os danos físicos, mentais, emocionais e sociais que a doença causa, apesar de não significar solução, as respostas trazem um certo alívio. Por isso, a partir de agora, você vai descobrir as respostas para perguntas importantes sobre a origem da psoríase, que vão desde questões simples sobre a definição da doença até a importância dos fatores genéticos e hereditários. Confira.
O que é psoríase?
Em termos simples, psoríase é uma doença de pele que causa manchas avermelhadas e que coçam muito, causando bastante incômodo. Normalmente, elas aparecem por volta da infância e da adolescência, afetando cotovelos, joelhos, couro cabeludo e o tronco. Infelizmente, ainda não existe uma cura para a enfermidade que costuma ir e voltar, em crises que podem começar sem aviso. Para administrar os sintomas, os médicos recomendam tratamentos e hábitos saudáveis que diminuem os incômodos e permitem ao portador realizar as atividades do cotidiano o mais próximo possível do normal.
É possível saber a origem da psoríase?
Infelizmente, não. Ainda não está claro para a comunidade científica o que causa o desenvolvimento das placas doloridas e incômodas. Até o momento, o que a medicina sabe é que a doença pode ser multifatorial, desencadeada por fatores tanto genéticos quanto ambientais e até comportamentais. De fato, inicialmente acontece uma reação exagerada do sistema imunológico, tentando proteger a pessoa. O problema é que ele não aceita ordens para parar e continua atacando as células saudáveis. É sobre esse momento que a medicina se debruça para tentar entender o que realmente acontece. Mas, ainda não foram encontradas razões sólidas.
Quais são os tipos de psoríase?
Normalmente, quem não convive com a psoríase costuma pensar que a doença se resume a problemas de pele, quando na verdade, a doença é muito mais profunda do que isso. Cada tipo afeta diferentes partes do corpo e possuem características próprias. A seguir, entenda os tipos da doença e seus sintomas.
Ungueal
A psoríase pode afetar unhas das mãos ou dos pés, causando sérios danos à sua estrutura. Como resultado, elas podem sofrer descoloração, crescer desordenadamente ou até ficarem porosas. Dependendo do caso, as unhas chegam a se soltar do leito ungueal.
Psoríase em placas
Geralmente, esse é o tipo mais comum de psoríase, quando a pessoa desenvolve placas avermelhadas. Aliás, podem ser muitas ou poucas lesões. Na maioria das vezes, as placas aparecem nos joelhos, cotovelos, couro cabeludo e na região lombar. Assim como em outros tipos de psoríase, não existe um padrão definido e elas podem coçar ou doer bastante.
Gutata
Caracterizada por pequenas lesões em forma de gota, a psoríase gutata é mais comum em crianças e jovens adultos. Normalmente, pode ser desencadeada por algum tipo de infecção comum, até por uma infecção de garganta, por exemplo. As lesões costumam atingir também o tronco e membros superiores e inferiores.
Invertida
Nesse caso, a origem da psoríase pode ser uma infecção por fungos. Essa forma se manifesta nas dobras da pele do portador da doença, onde é possível encontrar manchas vermelhas e lisas. Normalmente, elas aparecem logo abaixo dos seios, na virilha e nas dobras das nádegas. O problema tende a piorar devido ao suor e ao atrito normal da pele com a roupa.
Artrite psoriática
Mais uma vez, a dor é um dos principais sintomas. Mas, diferente de outros tipos da doença, a artrite psoriática se manifesta através do inchaço das articulações e da alteração no aspecto das unhas, em alguns casos. No entanto, o que varia é a gravidade do problema. Ou seja, a pessoa que desenvolve a doença pode ter sintomas “leves” como articulações inchadas e doloridas. Por outro lado, ela pode evoluir para danos progressivos e permanentes às articulações. Mas, como os sintomas não são tão evidentes, pode ser que o diagnóstico leve mais tempo para ser fechado por um profissional especializado.
Pustulosa
A psoríase pustulosa é ainda mais dolorosa e debilitante. De acordo com a Associação Brasileira de Psoríase, essa forma agressiva da doença pode chegar a ser fatal. As lesões, que podem estar por todo o corpo ou afetar apenas palmas das mãos e solas dos pés, infeccionam e se enchem de pus. Felizmente, esse tipo de psoríase é raro.
Psoríase eritrodérmica
Por fim, o tipo menos comum da doença pode chegar a cobrir o corpo inteiro do portador. A pele fica toda coberta de manchas e erupções avermelhadas, descasca, coça e pode produzir a sensação de queimação. Nesse caso, os bons hábitos, que vamos ver em detalhes mais à frente, promovem a melhora significativa dos sintomas.
Os sintomas são iguais em todos os pacientes?
Não. Na verdade, como vimos, a psoríase pode afetar das unhas às articulações, apresentando manchas espalhadas por todo o corpo ou apenas nas palmas das mãos e solas dos pés. No caso da artrite, a deformação das juntas nem mesmo se parece com as formas mais comuns de psoríase. Ou seja, cada paciente lida com sintomas diferentes da doença. Além disso, as crises podem variar também. Em alguns casos ela dura apenas algumas semanas. Em outros, as lesões, a coceira e a descamação da pele podem durar meses antes de darem uma trégua.
Causas ou origem da psoríase
Anteriormente, falamos sobre a psoríase ser uma doença autoimune, quando o sistema imunológico trava uma verdadeira batalha constante contra células saudáveis do próprio indivíduo. Mas, infelizmente, ainda não está claro para a ciência a origem da psoríase. Afinal, ainda não se sabe o que faz o sistema imune soar esse alerta de invasão imaginário ou o que o impede de parar o ataque. Pesquisadores ainda procuram por causas específicas que estejam ligadas ao aparecimento tardio da psoríase, também sem sucesso até o momento. Mas, o que se sabe é que alguns fatores ambientais podem atuar como gatilhos, dando início a crises mesmo após anos de remissão. Então, confira alguns deles:
- Clima seco e frio.
- Alguma lesão cutânea como corte, arranhão ou até pela picada de insetos ou queimadura de sol.
- Infecções na pele ou infecção de garganta.
- Exagero no consumo de álcool.
- Estresse.
- Tabagismo ou exposição à fumaça do cigarro (fumo passivo).
- Desmame brusco de corticoides, retirando de forma rápida a medicação.
- Uso de alguns tipos de medicamentos para malária, pressão alta, que possuem betabloqueadores ou remédios à base de lítio.
Dá para controlar os sintomas mesmo sem saber a origem da psoríase?
Sim. Com o tempo, médicos e pacientes observaram que alguns bons hábitos diminuem os sintomas e melhoram a qualidade de vida de quem convive com a psoríase. Abaixo, alistamos alguns dos mais eficazes.
Banhos diários
Ter o costume de se banhar diariamente ajuda na remoção de células mortas e acalma a pele inflamada. Além disso, usar sabonete próprio para a psoríase. Os sabonetes comuns não são recomendados pois muitas vezes acabam ressecando ainda mais a pele que já está fragilizada e consequentemente agravando o quadro. Quanto menos agressivo melhor!
Sendo assim muitas pessoas caem no erro de acreditar que sabonetes desenvolvidos para bebês são a melhor opção. Bem, os sabonetes de glicerina, vegetais, ou para bebês podem sim hidratar a pele, porém, infelizmente não possuem o poder de tratar a doença.
Use bons hidratantes
Para uma boa hidratação e cuidado com a pele, o ideal são produtos próprios para tratar a doença. Os cremes de tratamento trazem alívio imediato das coceiras, diminuem as placas esbranquiçadas da pele, elimina o ressecamento, vermelhidão e irritação da pele melhorando a sua textura.
Curativos noturnos
Antes de dormir, passar uma camada de creme hidrante e enrolar a área com filme plástico promove a hidratação profunda durante a noite. Então, pela manhã, lave e rretire as escamas soltas com sabonete próprio para promover ainda mais a hidrtação da pele.
Dose de vitamina D
Nesse caso, sempre busque a orientação dos seu médico sobre qual o melhor horário para tomar um pouco de sol. Afinal, o sol atua como um poderoso anti-inflamatório natural. Dessa forma, tomar um pouco de sol, sem exageros, ajuda na melhora da psoríase. Por outro lado, torrar no sol acaba piorando seriamente o quadro e aumentando o risco de câncer de pele. Por isso, calcule bem o tempo do banho de sol e utilize filtro solar FPS30.
Use cremes medicinais ou pomadas
Ácido salicílico e hidrocortisona ajudam na diminuição da coceira e escamação. Para isso, utilize cremes e pomadas próprias. Para quem sofre com a psoríase do couro cabeludo, já existem opções de shampoos, loções e condicionadores próprios.
Evite ingestão de álcool em excesso
Na verdade, não só o álcool pode desencadear a resposta imune e causar uma crise, como ele também pode interagir com a medicação e suprimir o efeito de algum remédio. Por isso, beba com moderação.
Evite os gatilhos conhecidos
Para começar, já que não é possível determinar a causa da psoríase, é vital que você conheça o seu organismo e já tenha uma ideia básica do que acaba piorando os sintomas da sua condição. Ao mesmo tempo, se proteja contra possíveis infecções e qualquer tipo infecção que possa desencadear uma resposta imune.
Mantenha um estilo de vida saudável
Além de parar de fumar e beber moderadamente, coma alimentos saudáveis, seja fisicamente ativo e busque um equilíbrio na sua vida diária. Ainda assim, é difícil prever quem vai desenvolver ou não a psoríase. Mas, pesquisadores indicam que alguns fatores de risco são mesmo determinantes para o aparecimento e evolução da doença. Veja mais a seguir.
Fatores de risco
Atualmente, cerca de um terço de toda a população afetada pela psoríase desenvolveu a doença ainda na infância ou na puberdade. Isso levou os pesquisadores a entender que existem alguns fatores de risco, como histórico familiar, estresse e o fumo, por exemplo. No caso da genética, a psoríase está ligada ao DNA da família. Por isso, ter apenas um parente que apresenta os sintomas, já aumenta o risco de outros familiares desenvolverem a psoríase, conforme concluiu o mesmo periódico britânico citado.
Fato é que a busca por informações mais precisas e por tratamentos que aliviem a dor dos que convivem com a doença ainda continuam. Como vimos, fatores genéticos parecem determinar quem vai ou não desenvolver a doença. Ao mesmo tempo, fatores ambientais e maus hábitos podem ser a fagulha que faltava para dar partida no sistema imune e causar a doença. Enquanto as pesquisas na procura pela origem da psoríase avançam, já é possível aliviar sintomas e lidar melhor com o cotidiano dos paciente.
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