O que é síndrome do pânico, quais seus sintomas físicos/psicológicos e formas de tratamento
Muito provavelmente você já deve ter ouvido falar sobre a síndrome do pânico, e do quão ela afeta de forma negativa a vida de quem sofre dessa condição.
Engana-se quem pensa que ela é rara e que poucas pessoas são acometidas por ela.
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 280 milhões de indivíduos no mundo sofrem desse mal, o que representa 4% da população mundial.
E o Brasil infelizmente segue essa tendência, com 6 milhões de pacientes, o que representa cerca de 3% da população nacional.
Dada a evidente importância desse tema, a seguir mostramos o que é síndrome do pânico, quais suas causas e sintomas, além de abordar sobre o tratamento.
Ficou curioso sobre tudo isso?
Então continue a leitura!
O que é síndrome do pânico?
Essa doença é caracterizada pela ocorrência repentina, aparentemente inexplicável, de uma crise de ansiedade gravíssima, na qual aparecem sintomas tanto físicos quanto emocionais.
Em geral, elas têm curta duração, no máximo 10 minutos, mas que parecem uma eternidade para quem está sofrendo.
Isso porque ela pode ser gravíssima, com o indivíduo tendo muito medo e desespero, achando que vai morrer, perder o controle e enlouquecer.
A frequência com que ela ocorre varia bastante, podendo acontecer várias vezes no mesmo dia ou ter um intervalo de anos.
Até mesmo durante o sono é possível ter um ataque de síndrome do pânico.
Qual o perfil de um paciente da síndrome do pânico?
A verdade é que todas as pessoas podem sofrer dessas crises, independentemente da idade ou do gênero.
Contudo, pesquisadores constatam que a síndrome do pânico afeta duas vezes mais mulheres do que homens.
Isso provavelmente ocorre porque nas mulheres há uma maior sensibilização das estruturas cerebrais devido à atuação hormonal.
E embora possa ocorrer em todas as idades, é mais comum em pessoas a partir dos 30 anos.
Além disso, o fato de não ter ideia de quando vai ter um novo ataque deixa o indivíduo permanentemente em estado de alerta e preocupação, ficando com muita tensão e podendo ter outras fobias.
Dentre todas, a mais comum é a agorafobia, também um distúrbio de ansiedade, mas dessa vez marcado pelo medo de estar em locais abertos com muitas pessoas ou lugares fechados.
Quais os sintomas da síndrome do pânico?
Quem já passou por uma crise da síndrome do pânico garante que é uma das piores sensações que o ser humano pode sentir.
E isso se deve porque na verdade existe uma junção de sintomas físicos e psicológicos, o que potencializa o efeito danoso dessa doença.
Físicos
Os físicos envolvem as respostas do corpo quando submetidas a um momento de grande tensão. Alguns dos principais são:
- Falta de ar e sensação de asfixia;
- Tonturas;
- Tremores e formigamentos;
- Náuseas;
- Sudorese;
- Palpitações e aumento da frequência cardíaca;
- Dor no peito/tórax;
- Desconforto abdominal;
- Ondas de calor e calafrios.
Alguns pacientes relatam que as dores no peito/tórax são muito semelhantes e podem ser até confundidas com a do infarto.
Psicológicos
Os sintomas psicológicos também são devastadores. Os principais são:
- Medo de morrer;
- Medo de surtar, enlouquecer e perder o controle de si;
- Sensação de bloqueio mental;
- Sensação de estar em perigo;
- Angústia;
- Desrealização: distorção da visão de mundo que gera confusão entre realidade e fantasia;
- Despersonalização: sensação de desligamento do mundo, como se a pessoa estivesse em um sonho;
- Medo de ter outro ataque.
Quais as causas da síndrome do pânico?
É muito complicado falar em causas da síndrome do pânico, já que podem ser muito amplas e imprecisas, variando caso a caso.
Algumas são:
- Hereditariedade;
- Alcoolismo;
- Uso abusivo de medicamentos, como anfetaminas;
- Rotina muito corrida e estressante;
- Muitas responsabilidades e obrigações;
- Transições de vida ou carreira feitas de forma abrupta;
- Perda de um ente querido;
- Violência ou abuso na infância;
- Altas expectativas na vida;
- Perfeccionismo;
- Má aceitação de situações ruins da vida;
- Preocupação excessiva;
- Falta de relaxamento/momentos de lazer.
Qual o tratamento da síndrome do pânico?
A síndrome do pânico pode ser tratada, de modo que o indivíduo leve uma vida completamente normal.
Geralmente ocorre uma fusão entre medicamentos e terapia, de modo a potencializar os resultados.
Medicamentos
Em geral, são antidepressivos (tricíclicos ou de nova geração), que atuam nos neurônios pré-sinápticos, principalmente Norepinefrina e Serotonina.
Psicoterapia
Apenas os medicamentos não são suficientes, e a psicoterapia se mostra fundamental para um resultado melhor.
Entre todos os tipos, destaca-se que cognitiva-comportamental, que trabalha duas frentes:
Cognitiva: reconhece os estímulos desencadeantes, que podem ser emoções, sensações e pensamentos.
Comportamental: promove a mudança de comportamentos disfuncionais, para reestabelecer a vida normal.
Ou seja, a ideia é expor o paciente a situações que provocam o pânico de maneira gradual, controlada, sistemática e progressiva, para gerar uma dessensibilização.
E então, entendeu o que é síndrome do pânico e os outros aspectos abordados ao longo do texto?
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