Tratamento para psoríase – Tudo o que você precisa saber

A psoríase é uma doença que afeta um grande número de pessoas no mundo.

Celebridades como Kim Kardashian, a atriz Cameron Diaz, a cantora Cindy Lauper e a modelo Cara Delevigne, são portadoras da enfermidade.

A pele desenvolve lesões avermelhadas em forma de placas, que possuem uma camada fina e esbranquiçada que descama.

As placas aparecem principalmente nos joelhos, cotovelos e couro cabeludo.

Podem surgir também em outras partes do corpo, configurando variações da mesma doença

A extensão dessas lesões varia bastante, podendo cobrir apenas uma região do corpo ou se estender por grandes áreas, causando enorme sofrimento ao portador e espanto de outras pessoas.

Muitas se afastam achando que psoríase é contagioso. O que não é verdade!

A psoríase é uma doença comum, crônica, autoimune.

Ou seja, não possui cura e se manifesta quando o organismo ataca ele mesmo.

A doença é cíclica, se manifesta quando o portador descuida da alimentação, adota hábitos nocivos, fica exposto a climas que podem desencadear as lesões.

O tratamento para psoríase varia de acordo com o organismo do portador e o tipo da doença

Há vários gêneros, classificados de acordo com a área do corpo que se manifesta e sua gravidade.

A dor pode ser tão intensa em certos casos, que provoca paralisação das articulações e exigem internação.

Quais são os tipos de psoríase

Psoríase vulgar ou em placas

Forma mais comum da doença, apresenta lesões em formatos variados, com bordas limitadas e avermelhadas, e uma fina camada esbranquiçada.

Aparecem no couro cabeludo, cotovelos e joelhos. As lesões coçam, causam incômodos e até algumas vezes dor.

Dependendo do caso, pode aparecer em outras partes do corpo, inclusive na parte interna da boca e genitais.

Psoríase invertida

As dobras mais úmidas do corpo são afetadas pela psoríase invertida.

As manchas bastante vermelhas e inflamadas aparecem na parte posterior dos joelhos, dobra dos braços, axilas, virilha, abaixo dos seios.

Psoríase palmo-plantar

Muito dolorida esse tipo da doença, pois causa lesões e fissuras mais profundas na palma das mãos e dos pés.

O tratamento precisa ser intensivo devido ao local de manifestação, suscetível à contaminação por bactérias.

Psoríase gutata

Se manifesta com mais frequência em jovens com menos de 30 anos e crianças.

Infecções bacterianas, como dores de ouvido e garganta costumam desencadear as crises.

Aparecem em maior quantidade no tronco, nas costas, pernas, ao longo dos braços e também no couro cabeludo.

Psoríase ungueal

Manifesta-se nos dedos das mãos e pés, e também nas unhas, que crescem com manchas amareladas, mais grossas, que descamam e ficam com formatos irregulares.

Dependendo da gravidade, ou se não for prontamente tratada, a unha pode se descolar, cair e abrir feridas, o que prejudica a execução de tarefas.

Psoríase eritrodérmica

As lesões são generalizadas e cobrem quase todo o corpo, em grandes extensões.

As manchas coçam muito, ardem, resultando em manifestações sistêmicas.

Ela se manifesta quando há aplicação do tratamento inadequado em psoríases mais leves, ou suspenção do uso de corticoides sem o adequado planejamento, ou são resultado de queimaduras, infecções.

Ou seja, ela surge como piora do quadro de formas mais leves de psoríase.

Psoríase pustulosa

Tipo mais raro da doença.

Em pouquíssimo tempo as manchas avermelhadas se transformam em lesões mais graves, que formam bolhas com pus e podem vir junto com febre alta, calafrios, fadiga e muita coceira.

O ciclo é curto quando tratado imediatamente, e muitas vezes é necessária a internação hospitalar.

As bolhas podem reaparecer após alguns dias ou semanas, exigindo atenção redobrada.

Psoríase artropática

Também conhecida como artrite psoriática, manifesta-se quando tipos mais leves de psoríase não recebem a devida atenção e tratamento.

A pela fica bem inflamada, avermelhada, descama e causa dores fortíssimas nas articulações

O tratamento para psoríase precisa ser específico

Para cada tipo da doença existe um tratamento e ele é feito de acordo com a resposta do organismo de cada paciente.

Por isso a importância de se consultar um médico dermatologista para que ele determine qual o melhor tratamento

O diagnóstico correto também é feito por este profissional.

O tratamento para psoríase não pode ser aleatório e por conta própria.

Muitas vezes a doença é confundida com alergias e irritações da pele.

A demora nessa identificação e a aplicação de tratamento incorreto pode, inclusive, piorar o quadro de manifestação.

O diagnóstico eficaz é feito por meio de contato direto com as lesões e anamnese.

O médico dermatologista analisa os aspectos da pele, observa cuidadosamente as unhas e o couro cabeludo.

Faz perguntas sobre os hábitos alimentares e de higiene do paciente, seu histórico familiar, e muitas vezes realiza uma biópsia da área afetada, com o intuito de confirmar o diagnóstico.

Fique atento a algumas questões que facilitarão no momento da consulta

• Conheça bem os sintomas e saiba há quanto tempo eles apareceram. Outro ponto é e se são recorrentes ou não;
• Prepare um histórico médico com tratamentos regulares, mencione outras doenças e medicamentos de uso habitual;
• Saiba informar sobre o início dos sintomas, se eles são sazonais ou constantes, se alteram a intensidade, se há alguma prática que os amenize, se algum fator externo influencia a melhora ou piora, se as articulações estão doloridas ou não.

No caso de um diagnóstico positivo para psoríase, o mais importante é se informar ao máximo para saber controlar a doença e não se limitar por causa dela.

Cada organismo tem uma resposta a determinado tratamento.

Daí a importância de observar os efeitos e fazer experimentações com a orientação de um médico dermatologista.

Para que o tratamento para psoríase mais eficaz seja prescrito, também é importante que se conheça as causas, os gatilhos da enfermidade.

O que causa a psoríase

Na verdade, não há uma causa certa.

Por ser a psoríase uma doença autoimune, sabe-se que pode haver fatores genéticos envolvidos, já que muitos portadores declaram ter na família outras pessoas com a doença.

Acredita-se também que o meio no qual o portador esteja inserido pode ser um fator influenciador no desencadeamento da enfermidade.

Apesar de não haver causa, há fatores de risco que influenciam a manifestação da doença, além do histórico familiar, como infecções recorrentes.

Os portadores de HIV ou alguma outra deficiência imunológica grave, diabéticos, obesos, possuem ciclos recorrentes de psoríase.

As pessoas muito estressadas, que fumam e ingerem bebida alcoólica constantemente também sofrem mais com a degradação da epiderme.

É comprovado que essas substâncias atrapalham a renovação de células e esse é um fator negativo para a psoríase.

Algumas condições que podem irromper a psoríase são a infecção de garganta ou de ouvido, alergias na pele, lesões, feridas, arranhões, queimaduras de sol, queimaduras com produtos químicos, por condução elétrica, inflamações de todos os gêneros.

Tatuagens e piercings também podem desencadear a psoríase, por serem fatores de degradação da pele

É possível perceber que qualquer irritação que acometa a pele, ou cause baixa na imunidade do organismo em geral, pode fazer com que a crise de psoríase se manifeste.

O estresse, as mudanças abruptas do clima, o álcool e o cigarro, medicamentos específicos prescritos para a malária ou pressão alta, alguns cremes e cosméticos com substâncias mais fortes, podem igualmente iniciar uma crise de psoríase.

Por isso é importante que a pessoa que carrega essa doença faça de tudo para se manter saudável.

O organismo equilibrado não traz a cura, mas é capaz de espaçar as manifestações.

Tenha hábitos saudáveis

O portador da doença precisa evitar determinados hábitos que podem atrapalhar o tratamento para psoríase.

Aliás, o ideal é incorporar práticas que ajudam a potencializar os efeitos de medicamentos.

Dieta saudável ajuda a espaçar as manifestações da doença.

O organismo que recebe quantidade suficiente de nutrientes e vitaminas funciona melhor.

Esse bom funcionamento traz benefícios de modo geral para o portador da psoríase.

O controle na ingestão de laticínios, carboidratos e açúcares deixa o organismo mais leve e menos propenso a ter irritações na pele, que são gatilhos para a manifestação da psoríase. Queijos, pães e doces devem ser consumidos em ocasiões especiais, e não de forma habitual.

O consumo de frutas ricas em vitamina C, como limão, tomate, acerola, laranja, kiwi e verduras verdes escuras, dentre elas espinafre, brócolis, couve, mostarda, agrião, ajudam a manter a alta resistência do organismo.

Corpo são, pele sem psoríase.

Carnes como peixes, frangos, carne vermelha magra, assim como o feijão, os ovos e oleaginosas, são muito importantes para manter as refeições balanceadas.

Assim, evita-se o ganho de peso, que é fator de risco para a psoríase.

O estresse em altos níveis só prejudica o organismo

Para diminuir a tensão do dia a dia e melhorar a saúde como um todo, os exercícios físicos são indicados.

Muito importante escolher uma atividade que realmente agrade, para que seja praticada com frequência e se torne um hábito.

O sol é muito bom para a pele irritada pela psoríase.

Com a devida proteção e em quantidades dosadas, os raios do astro rei são remédio!

Roupas frescas, cavadas, de algodão e tecidos naturais bem leves devem ser usadas.

Melhor opção para não irritar ainda mais a pele lesionada.

Quanto menos atrito, melhor. Importante, dessa forma, evitar roupas sintéticas e lã, que impedem a pele de respirar.

Produtos considerados com “muita química”, ricos em petrolatos e parabenos, não podem ser usados quando a pele é atacada pela psoríase.

O ideal é usar produtos adequados para a condição da pele.

Tratamento para psoríase disponíveis no mercado brasileiro

Hidratantes manipulados e ceratolíticos ricos em aditivos hidratantes, acalmam a pele lesionada e vermelha em razão da psoríase.

O melhor momento para hidratar a pele é logo após o banho.

Toda vez que se usa sabonete comum, ainda que de base vegetal, a pele perde um pouco da água.

O ideal é usar um sabonete específico para psoríase.

Alguns tratamentos usam cremes à base de corticoides, que se usado de forma correta trata eficazmente a condição da pele e não causa efeitos adversos.

Luz ultravioleta também é uma opção de tratamento para a psoríase.

Lembrando que os raios solares também emitem essa luz, o melhor é se expor em horários adequados e de forma regular.

A maneira “artificial” costuma ser cara e se não for bem controlada, pode ocasionar outro problema: o câncer de pele.

O alcatrão, substância extraída do carvão, também é usada como tratamento para a psoríase.

A desvantagem é que a pele, cabelos, roupas ficam sempre manchadas.

Porém, é um tratamento sem efeitos colaterais e mais efetivo quando associado a algum outro método.

Medicamentos imunossupressores também podem ser prescritos.

Como a psoríase é uma doença autoimune, faz sentido o uso dessas substâncias.

Porém, elas afetam todo o organismo.

Ou seja, a psoríase pode estar controlada, mas a imunidade está baixa, deixando o paciente exposto às demais doenças.

Um simples resfriados podem virar algo mais grave.

Psoríase não afeta somente a pele…

A psoríase muitas vezes afasta as pessoas do convívio social.

A aparência da pele, sempre avermelhada e descamando, algumas vezes com feridas abertas e sangue, acaba passando a falsa ideia de que é uma condição contagiosa.

Causa espanto a certas pessoas que não conhecem a condição.

O preconceito em torno da enfermidade atrapalha a recuperação dos pacientes, que nesse momento precisam de acolhimento da família e dos amigos.

Quando a aceitação da psoríase não acontece, muitos pacientes ficam com a autoestima baixa, deprimidos.

Se isolam do mundo, evitam situações em que a pele precisa ser mostrada como festas em piscina, férias na praia, passeios ao ar livre.

Chegam a evitar contato físico e se sentem rejeitados pelas pessoas.

O melhor a se fazer é procurar ajuda.

Apoio psicológico e tratamento adequado, além da busca por todas as informações sobre a psoríase, são ótimas formas de se trilhar o caminho do controle da doença.

 

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